No início desse ano acorreu a ideia de reunir os músicos Francisco Queiroz e
Rodrigo Queiroz pela necessidade de executar algumas valsas de Possidônio
Queiroz, nos eventos da cidade de Oeiras. Havia também o enorme desejo dos dois
músicos de tentar reanimar o reconhecimento da música deste compositor pela
população oeirense. Ao sentir essa possibilidade, verificou-se a necessidade de
agregar o instrumento que representa Oeiras pelo Piauí afora, o Bandolim.
Assim, foi surgindo naturalmente o contato com Herbert Vinicius, grande e
dedicado bandolinista, que recebeu enorme influência dos Bandolins de Oeiras.
Foi sua a dica para o nome do grupo, pois, como este é uma representação
implícita do compositor oeirense, o “apelido” “Beletristas” foi sugerido porque foi o nome dado a Possidônio pelo
cronista Ferrer Freitas, pois beletrismo significa amante das Artes. A formação
fechou com a chegada de Felipe Silva, filho de uma família de multiartistas.
Apresentaram-se pela primeira vez
na Programação Cultural da Semana Santa – 2013 e, daí pra frente, começaram a
surgir novas possibilidades como: Lançamento do Livro Arquivo Silencioso, do Historiador Francisco de Moraes Rêgo e o
Lançamento do livro Sonetos e Retalhos,
do Poeta Gerson Campos.
Em todas as apresentações uma
nova experiência com novas músicas, mas sempre um repertório recheado de
clássicos da música brasileira passando pelos variados gêneros como choro,
samba, bossa, polcas, valsas e, sempre, homenagens ao grande inspirador
Possidônio Queiroz.
No dia 19 de outubro de 2013,
fomos convidados para fazer uma apresentação no Programa Viva Piaui.
Aproveitamos para transversalmente fazer uma homenagem de Possidônio Queiroz à
cidade natal e consequentemente ao Estado do Piaui. A música executada chama-se Valsa Ceci Carmo, dedicada à sua afilhada. Diz-se que a peça fora executada pela primeira
vez, ao público, na cerimônia de inauguração do Cineteatro Oeiras, em 1940.
Na
cerimônia dá-se a primeira apresentação pública em instancias tão importante da
“Valsa Ceci Carmo”, que faz abertura
do evento sendo tocada pela Banda Santa Cecília (grupo mantido pela
prefeitura). O nome da valsa é homenagem à sua afilhada, filha de Benedito
Carmo, que foi mestre de banda de música. Esta foi muito apreciada pela
população. Por varias vezes fora selecionada ao repertorio para execução em
outras solenidades, e até na gravação do CD do grupo Bandolins de Oeiras no
final da década de 1990. Possui bela introdução que demonstra a partir daí as
possibilidades do instrumento e suas habilidades virtuosísticas. Dona Petinha Amorim[1]
(2007), que sempre acompanhou essa saga musical, afirma emocionada: “Ceci Carmo, também, aquela introdução,
aquela introdução feita por Possidônio, meu filho você ficava... assim ...
[...]. E tinha aquela parte que a gente entrava pra fazer aquele acorde, é a
coisa mais linda. Ele fazia essa escala com uma perfeição ...! (LIMA, 2009)[2]”
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